ELIZEU E A ESCOLA DE PROFETAS (2 Tm 2.1,2)
Olá pessoal, Paz seja convosco. A
lição da CPAD para o dia 24/03 tem um tema extraordinário: “Elizeu e a escola
de profetas”.
Como o propósito deste blog é
falar sobre a Palavra de Deus, acredito que será de grande valia, postarmos
algumas anotações sobre este tema.
Introdução: Os profetas sabiam da grande necessidade de ensinar aos
homens de Deus os pormenores da Sua Lei, sendo assim, ele criou uma escola
para ensinar os novos “obreiros”, que eram os homens que viviam para a obra do
Senhor.
Profeta: Aquele que traz a voz de Deus ao povo, voz de Deus na
Terra.
Escola de Profetas: Instituição de ensino do Antigo Testamento cujo objetivo era a
transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel
através de sua Palavra. Esta palavra não existe na Bíblia. Ela fala
de “Rancho dos profetas, Filhos dos profetas, Congregação dos profetas, etc,
mas é bastante apropriado para o contexto.
Esta
escola foi fundada provavelmente por Samuel (1 Sm 10.5; 19.18-20).
O
ambiente da escola lembrava uma fraternidade onde os membros eram chamados de
“filhos dos profetas” (2 Rs 3.3,5). A expressão “filhos dos profetas” (hb. bene
ba-nabiim) significa que eram membros de uma ordem profética, não que eram
descendentes genealógicos dos profetas.
Observamos
pelas Escrituras que os filhos dos profetas estavam radicados em locais como
Betel, Jericó e Gilgal (1 Rs 20.35; 2 Rs 2.3,5,7,15; 4.1,38; 6.1). Ora, com a
trasladação de Elias quem seria o seu substituto? Ou seja, quem havia de ser o
novo líder? Então, Eliseu baseado na lei mosaica (cf. Dt 21.17) pede a Elias a
“porção dobrada”, ou seja, os direitos de um filho primogênito. O primeiro
filho recebia o dobro das riquezas do pai em relação aos seus irmãos, e isso
implicava mais responsabilidade para a manutenção da família.
Donald
J. Wiseman lembra que esse filho primogênito “tinha a responsabilidade de
perpetuar o nome e o trabalho do pai”. Nesse sentido, a tradução da Nova Versão
Internacional (NVI) traz mais luz para a interpretação do texto de 2Rs 2.9:
“Depois de atravessar, Elias disse a Eliseu: ‘O que posso fazer por você antes
que eu seja levado para longe de você?’ Respondeu Eliseu: ‘Faze de mim o
principal herdeiro de teu espírito profético’". A “porção dobrada”,
portanto, em um primeiro momento, não significava “mais poder” para milagres.
Significa, isso sim, mais responsabilidade como o novo líder a representar o
legado do antigo líder.
Essas escolas de profetas não tinham a
intenção de ensinar a profetizar, a profecia é um dom de Deus. Elas objetivavam passar às novas gerações a
herança moral, cultural e espiritual que YAHWEH havia entregado a nação através
de sua Palavra. Nessa perspectiva, nossas escolas dominicais são semelhantes a
essas escolas de profetas! Temos a responsabilidade de passar, na igreja, a
herança moral e espiritual que o Senhor tem dado a sua igreja através de Sua
Palavra. Os próprios mestres, aqueles que ensinam na igreja, são dádivas de
Deus, e portanto, devem ser considerados como ministros do Senhor (Ef 4.11). O
Senhor nos entregou a tarefa de fazer discípulos de todos os povos, línguas,
tribos e nações. Desde que a recebemos, já passaram dois milênios. E ainda há
muita terra para conquistar... Hoje, temos como fonte de estudo, quatro
perspectivas dessas escolas: a instituição, seus objetivos, currículo e método
de ensino. A relação íntima de Eliseu com as escolas dos profetas mostra que o
ministério de poder não nos isenta do estudo sistemático e da meditação nas
Escrituras. (http://auxilioebd.blogspot.com.br/)
OBJETIVOS DAS ESCOLAS DE
PROFETAS
1 – Ter um padrão de comportamento: Não no sentido de “engessar” os
profetas, mas sim ter um padrão de comportamento, conforme o exemplo do próprio
Deus (Gn 17.1). ... “Viva com
integridade diante de mim, faça todo o esforço possível parra se manter assim!”
(BLC).
Este padrão envolvia submissão,
humildade, trabalho em equipe, entre outros (2 Rs 4.29; 5.10).
O padrão atual do cristão, seja
ele obreiro ou não, é Cristo, e a Bíblia é a maior fonte de ensinamento sobre
este padrão.
Jesus quando estava escolhendo
seus discípulos disse uma palavra muito interessante: “Segue-me”. Isto quer dizer que o padrão de
comportamento do cristão, deve ser baseado no comportamento de Jesus.
Nos dias hodiernos, infelizmente
tem muitas pessoas que se dizem profetas, mas não tem comportamento de filho de
Deus.
2 – Proporcionar conhecimento aos profetas: Muitas pessoas dizem
que não precisam estudar, e até utilizam a Palavra de Deus para enfatizar que estão corretos, dizendo
que a letra mata (2 Co 3.6), mas o que Paulo escreveu neste texto é que
observar a Lei somente por observar não produz vida nas pessoas, ou seja,
conhecimento sem graça de Deus não gera vida, e Pedro nos escreve na sua
segunda carta, no capítulo 3 e versículo 18: “Antes pois, crescei na graça e no
conhecimento”.
É necessário termos as duas
coisas, presença de Deus e conhecimento, pois se não tivermos o conhecimento
nos tornaremos radicais da fé, e poderemos nos iludir com várias filosofias
humanas.(Cl 2.8).
Quem medita na Lei do Senhor é abençoado
(Sl 1).
DEUS DESDE O PRINCÍPIO INSTRUIU O POVO À RESPEITO DO CONHECIMENTO (Dt
6.6-9)
Jesus disse aos discípulos: “E,
chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na
terra.
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e
eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.
(Mt 28.18,20).
Paulo exorta Timóteo a ensinar a
igreja que estava sob sua responsabilidade na cidade de Éfeso (1 Tm 4.11).
Paulo escreve a Timóteo dizendo
que nos últimos dias alguns apostatariam da fé, dando ouvidos a espíritos
enganadores... (1 Tm 4.1).
3 - Promover encorajamento: Os expositores bíblicos observam que
Eliseu não limitava o seu ministério à pregação itinerante e a operação de
milagres, mas agia também como um supervisor das escolas de profetas. Ele
fornecia instrução e encorajamento aos jovens que ali estavam.
A SUPERVISÃO DO LÍDER É DE SUMA IMPORTÂNCIA
Paulo estava presente
pessoalmente e através de suas cartas.
O contexto de 1 e 2 Reis não
deixa dúvidas de que Elias e Eliseu muito preocuparam-se em transmitir às
gerações mais novas o que haviam aprendido do Senhor. Nessas escolas, portanto,
esses alunos eram encorajados a buscar uma melhor compreensão da Palavra de
Deus. Não há objetivo maior para um educador do que encorajar o educando a
buscar a excelência no ensino.
Sendo assim, fica claro que o
conhecimento é muito necessário.
4 – Promover sucessores para a obra do Senhor: Um dia alguém teria
que seguir os passos do profeta Elias, pois como homem, ele morreria.
Este é exatamente o conceito de
discipular ou fazer discípulos.
Portanto ide, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mt 28.19).
A arte do ensino consiste em prover conhecimento para outras pessoas e
ensiná-los a partilhar do que lhes foi ensinado. (Leonardo Novais de Oliveira).
O CURRÍCULO DAS ESCOLAS DE PROFETAS
O que era ensinado nestas
escolas? Os professores ensinava a
Lei do Senhor através dos escritos e também das experiências. (1 Tm 4.12; 1 Pe
5.3).
É importante reforçar que as nossas
experiências nunca poderão sobrepujar a Palavra de Deus.
Paulo escreve aos Coríntios: “Sede meus
imitadores, como eu sou de Cristo” (1 Co 11.1).
CONCLUSÃO
Temos hoje centenas de escolas de
teologia, seminários, faculdades, etc, e isto é excelente, mas apesar de termos
todas estas facilidades, nunca poderemos nos esquecer da simplicidade da
Palavra de Deus e da necessidade que temos de depender completamente do
Espírito Santo do Senhor. (Jo 14.26; 1 Jo 2.20,27).
Se voltarmos para o estudo sistemático
da Palavra de Deus, não incorreremos em erros crassos com tamanha frequência.
Se dedicarmos mais tempo para a Palavra
de Deus não teremos tantos problemas na igreja.
Se dedicarmos mais tempo para
entendermos a Palavra de Deus, manifestaremos ao mundo o amor de Deus.
BEM-AVENTURADO
AQUELE QUE LÊ, E OS QUE OUVEM AS PALAVRAS DESTA PROFECIA, E GUARDAM AS COISAS
QUE NELA ESTÃO ESCRITAS; PORQUE O TEMPO ESTÁ PRÓXIMO (AP 1.3).
E SEDE
CUMPRIDORES DA PALAVRA, E NÃO SOMENTE OUVINTES, ENGANANDO-VOS COM FALSOS
DISCURSOS (Tg 1.22).
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